Recordar Edwige Fenech

Eli Roth e Tarantino resgataram-na para um breve cameo em "Hostel 2". Alguns não terão reparado na professora de artes visuais que apresenta às malogradas protagonistas o seu anjo da morte; menos ainda a conhecerão pelo nome; uma mão-cheia aguardava ansiosamente por ver de novo no grande écran a diva do thriller e do sexploitation italianos.

O Cinema Esquisito decidiu também homenagear aquela que, em Itália, é referida carinhosamente como "a Fenech". De entre os mais de 70 filmes em que participou, haveria muito por onde escolher. Decidimos escolher 4 do que é considerado o seu período áureo, os anos 70:

- "Que fazem aquelas gotas de sangue no corpo de Jennifer?"(1972), um giallo arquetípico, onde não faltam assassinos misteriosos, mulheres bonitas e geralmente semi-nuas, cultos hippies, inspectores filatelistas e muitos esqueletos no armário;

- "O teu vício é um quarto fechado e só eu tenho a chave" (1972), um thriller gótico e psicadélico, vagamente inspirado no conto de Edgar Allan Poe, "O gato preto";

- "Todas as cores da escuridão" (1972), um filme de suspense claustrofóbico, que deita por terra a teoria de que a melhor maneira de ultrapassar o trauma de um aborto inesperado é ingressar num culto satânico;

- "Giovannona Coscialunga" (1973), uma comédia sexy acerca dos meandros da política e da corrupção, com muito queijo estragado à mistura.

O templo escolhido para os rituais de adoração foi, como já vem sendo habitual, o Última Sé, em Alfama, por trás da Casa dos Bicos.

As sessões serão nos dias 9, 16, 23 e 30 de Setembro, sempre às 17 horas. A entrada é livre.